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Onda de calor humano

Guarda rios, 10.05.22

Foi com alegria que ontem ao ler um post nas leituras que verifiquei uma onda de calor humano para com uma pessoa que aparentemente está a passar um mau bocado.

Conselho: TUDO PASSA!

É verdade! tudo passa nesta vida, tendo em conta que tudo é impermanente nesta vida. Até nós!

A vida tem essa característica, felizmente.

Bem, mas de que queria mesmo falar é que estou feliz por ter retomado a escrita, penso que é libertador quando escrevemos, dizemos o que nos vai na alma! ( seja bom ou mau!)

Mas o que mais me surpreendeu após a lida do texto comovente, é que há boas pessoas por aqui ( e ainda bem!) e que tendo em conta o que vivemos hoje e sempre, é sempre bom ouvirmos palavras que nos animam ou nos encorajam, como foram as palavras que li ontem!

As palavras de uns e outros podem unir mundos!

 

Homefullness

Guarda rios, 10.05.22

Adoro este conceito: viver com menos, numa casa que nos reflita e nos faça sentir BEM.

Com pouco, com cores claras e materiais aconchegantes.

Desde a pandemia ficámos muito mais ligados à nossa casa: vivêmo-la com maior intensidade, e agora que muitos de nós já não se encontram em regime de teletrabalho, queremos uma casa que nos receba de forma calorosa e aconchegante depois de um dia de trabalho.

Viver bem numa casa não é sinónimo de viver com muito, é viver com apenas o essencial e com objetos que nos trazem alegria ou memórias felizes.

Sempre adorei a área de decoração, então desde pequena me punha a arrastar móveis para cá e para lá. Tudo em prol de me sentir bem, com mais espaço e que este fosse o melhor aproveitado possível.

Não há nada mais revigorante e com uma sensação de leveza do que entrar numa casa e estar com pouca coisa,  termos espaço à nossa volta, espaço e mais espaço. 

Espaço para andar, para mexer à vontade, com poucas peças.

Há sempre aquela tendência de preenchermos todos os espaços vazios o que compromete a decoração do espaço, na minha opinião, ou seja quando entramos nesse espaço, há tantas coisas, que o nosso olhar fica perdido! ( eu já caí nesse engodo!)

Muitas vezes caímos no engodo de que "falta qualquer coisa " para ficar perfeito,  e continuamos a consumir, compramos tralha a mais que muitas vezes não faz assim tanta falta. 

Temos que praticar a compra consciente, com algumas perguntas: acrescenta? faz REALMENTE falta?

E muitas vezes verificamos que não, não faz assim tanta falta. Há no entanto ideias que costumo colocar em prática, e bem mais baratas:

- mudo os objetos de lugar;

- ou acrescento uma planta ( as plantas ficam bem em qualquer lado e dão ânimo a qualquer espaço);

ou troco um ou outro móvel de sítio.

Se quisermos investir mais um bocadinho, poderemos sempre pintar uma parede da sala ou do quarto. Já faz um efeito interessante!

Outra técnica, se acrescentarem qualquer objeto, novo ou velho, para não terem a sensação de espaço sobrecarregado, tirem uma peça. Regra simples: acrescentar um, tirar um.

Para mim, um espaço bem conseguido é aquele que contém apenas o suficiente para vivermos apenas com o essencial, que nos faça sentir bem e felizes. Truque: então em vez de acrescentarmos, porque não retirar objetos?  Menos é mais!

Nota-se automaticamente uma sensação de leveza e podemos guardar os objetos para outra altura.

(Não foi por acaso que a Marie Kondo e o IKEA tiveram tanto sucesso.)

 

As expectativas

Guarda rios, 09.05.22

Quantos de nós fazemos expectativas e saem goradas? ao lado? Nada a ver!

Muitas. Muitas vezes.

Há dias inscrevi-me num workshop a pensar " é isto!!!" e depois, passado um mês e tal, ( tive que pagar com um mês e tal de avanço para receber desconto de 50%), fui fazê-lo e depois cheguei à conclusão..... bem, não era bem isto! 

Pensando depois com os meus botões " o que me passou pela cabeça????!"

Pensamento de Consolação:" o que vale é que nem foi muito caro, ainda levou desconto!"

Contras da minha filha: " Gastaste um dinheirão!!!!"

A minha resposta ( consolação nº2 ) Sim, mas oferecem a gravação da sessão posteriormente, por isso, não perdi nada!

E aí ficamos.

Quantos de nós pensamos " era mesmo isto que eu queria!" ou " era mesmo isto que me fazia falta" ou mesmo " se tivesse isto é que seria feliz..."

Muitas. Muitas mesmo.

Quantas vezes pensamos " esta roupa é mesmo gira, vai ficar-me bem!" e depois vestimo-la e parecemos um saco de batatas enrolado ou " aquela peça de decoração ia ficar tão gira na minha sala" e depois não fica nada de especial. Ou este rapaz que achamos tão giro e simpático na app e depois...

Mas chego à conclusão que não somos assim tão diferentes dos putos, ou seja como o meu filho de 8 anos, que acabou de ver um filme dos vampiros e me pediu insistentemente uns dentes do drácula.

Disse-lhe logo que isso era difícil de arranjar, não estamos no Carnaval.

O que é certo, é que no sótão , dentro de uma caixa de plástico, junto do seu fato de carnaval, lá estava uma dentadura de plástico, para a felicidade do puto.

-Está aqui, pega.

Pegou, colocou-a, e passado 5 min, mais coisa menos coisa, disse : " Ahhh, afinal não quero!"

E é isto! Penso que o nosso cérebro tem a mania de arquitetar ideias, coisas e sabe-se diabo a 4, para nos pôr determinadas ideias que ao fim ao cabo não são assim tão válidas para nós.

Para as nossas expectativas, sim, para nós... não.