Agora que troquei a televisão
nomeadamente notícias, filmes e séries , ou porque são repetitivos, ou não dão seguimento às séries, repetem-nas apenas, voltei às leituras.
Tenho 3 para ler, um já vai quase no fim, faltam 2!
E vocês que andam a ler?
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nomeadamente notícias, filmes e séries , ou porque são repetitivos, ou não dão seguimento às séries, repetem-nas apenas, voltei às leituras.
Tenho 3 para ler, um já vai quase no fim, faltam 2!
E vocês que andam a ler?
fui almoçar com as colegas de equipa, éramos cerca de quinze. À tarde ainda tínhamos as jornadas pedagógicas.
Durante o almoço, fiquei sentada ao pé de uma colega que no ano passado dava apoio na minha sala aos alunos com mais dificuldades, já a conhecia portanto.
Muito simpática e de fácil trato. Durante o almoço a conversa floriu, e novamente falara da sua experiência de 8 anos a lecionar em Angola. Adorou, adorou. Foi a palavra mais ouvida.
Já me tinha falado desta experiência no passado, mas desta vez, tive a oportunidade de saber mais coisas sobre a experiência.
Uma das outras colegas que lá estava, entusiasmou-se tanto que disse: " quando os miúdos estiverem maiores, vamos para Angola????"
Eu que não sou de entusiasmos rápidos, e apenas ouvia a colega a falar, mas depois, disse para mim e para a colega: " olha que se calhar, não é má ideia!"
Sei que há colegas que concorrem em mobilidade e vão dar aulas para os Palops e que é uma ótima experiência! Ainda no ano passado letivo, 2 colegas de educação especial rumaram até Timor.
Para mim, o maior entrave no momento seriam mesmo os miúdos, mas quando ficassem maiorzinhos, porque não??? Ficou-me esta pergunta por algum tempo!!!
Quem sabe um dia?
que gostei: " A tua visão só se torna clara quando olhas para dentro do teu coração. Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta."
Carl Gustav Jung
Pergunta um bocadinho tétrica...
Cá vai: Se soubesse que dentro de um ano iria morrer, mudaria alguma coisa no seu presente modo de vida?"
Ao ler a pergunta, disse para comigo " MUDAVA!"
Primeiro: despedia-me já e ia comprar umas passagens aéreas para ver o mundo!
Depois, desci à terra e pensei " e onde é que tenho dinheiro para as passagens?" e " quem é que paga a casa???"
Pronto, lá se foram as decisões antes de morrer, e pronto, lá ia trabalhar para pagar as contas do costume!
Por isso, a conclusão a que chego é que não há vantagem, pelo menos para mim, se soubesse que iria morrer com tanto tempo de antecêdencia.
Agora se fosse com um mês, aí se calhar já valeria a pena, e provavelmente o dinheiro ainda daria para uma viagenzinha.... curta vá!
Quando estalou novamente a guerra entre a Palestina e Israel, deixei de ouvir as notícias e de as ler.
Custa-me ler ou ouvir notícias vezes e vezes sem conta " milhares morreram num ataque de bombas", como se estivéssemos a brincar aos legos, numa partida qualquer de crianças. O problema é que não é uma partida de legos com bonequinhos da playmobil. São pessoas.
Não me parece justo que haja tantos sacrificados, a troco de nada.
A guerra normalmente revolta-nos por várias coisas: as pessoas que morrem sem ter culpa nenhuma, e que neste século já não deveria ocorrer.
Mas se olharmos bem para o lado, a uma escala menor, verificamos que por vezes há pessoas de família que não se falam há anos, devido a contentas anteriores ou o colega de trabalho que é uma peste e não nos ficamos, ou um vizinho irritante que nem bom dia diz.
Aí penso que, e embora estas coisinhas sendo menores, levam muitas vezes a coisas maiores, como guerras pessoais ou familiares, e que embora nos seja difícil aceitar que a guerra não fará parte de nós e da sociedade, parece-me um tanto impossível.
Vejamos ao longo de toda a nossa história, houve sempre guerras, às vezes por " dá cá aquela palha".
Li uma vez, que a Madre Teresa de Calcutá, uma vez foi convidada para ir a uma marcha contra a guerra, ao qual ela declinou dizendo que se fosse a favor da paz, iria de bom grado.
Penso que as guerras sempre existirão infelizmente, principalmente enquanto houver doidos no poder, mas que a promoção da Paz também é possível, e deve sempre começar por .... Nós.
E enquanto uns resolvem entrar em guerra, há também noutros lugares, e que a comunicação não fala tanto, momentos de paz e alegria.
Nós temos sempre o poder de decidir, mesmo em pequenas situações: quero paz ou entrar em guerra?
Respondendo à pergunta nº 3, eu acredito em Deus, porém já tive momentos de fraqueza, não que deixasse de acreditar, mas que me levaram a crer num abandono da Sua parte.
Mas o que é certo, é que depois de conversar com Ele, passado uns dias, Ele dá-me outro fôlego e no outro dia estou outra! Muitas vezes penso: está ocupado com outras coisas ou pessoas, e provavelmente os meus problemas ao pé de outros são ninharias!
Mas depois, lá me passa a mão pela cabeça, dizendo-me " que está tudo bem, tudo se vai resolver", e quando isso acontece, dá-me forças para quando preciso ou já estou num ponto de desistir e lá faz a sua mágica, por isso, posso dizer que nunca me desamparou!
Aleluia!
Agora que conto com 2, o amarelo e um preto.....confesso que a adaptação do "amarilinho" teve os seus ups and downs. Normal, portanto.
A Tita ou gata de loiça não o recebeu muito bem, impunha-se à sua presença, como rainha do palacete que já tinha conquistado faz anos.
O outro, coitado, declando-se seu súbito, curvava-se em tons de reverência. E no meio desta subjugação, o " amarilinho" nesse tempo escondia-se e dormia debaixo da minha cama.
Numa das vezes, a Tita para demonstrar o seu poder, deu uma mijadinha logo à entrada do seu real domínio, o meu quarto portanto.
Levou uma bronca, que penso que por momentos deve ter pensado, que alguém tinha subido ao poder e que ela tinha sido deposta por uma multidão enraivecida( eu, portanto).
O tempo passou, e como os bichos são conquistados pelo estômago e com festas na cabeça, o moçoilo inseguro lá foi ganhando confiança, ficando baralhado por algum tempo: " afinal quem é que manda aqui???"
Numa outra altura ainda de domínio, a Tita, tal e qual os inimigos que entram numa guerra desbravando o mato camuflados, viagiava o meu quarto, por entre uma pequena abertura da porta.
Sorrateira, vigiava ao mesmo tempo que os seus olhos brilhavam. Pronta a atacar por dentro, mas controlada por fora, de repente, num ato de sobranceria dá uma patada na porta escancarando-a.
Avança devarinho, levantando o focinho tentando captar os odores do inimigo. Sabia que o inimigo andava por perto, mas ainda debaixo da cama e que nesse momento podia relaxar, pois ainda era a rainha!!!
Há dias devido ao facto da minha direção de turma andar com uns comportamentos menos corretos, a minha coordenadora pediu-me para realizar uma assembleia de turma.
Depois de ouvir as várias inquietações da garotagem, uma aluna disse: " o professor de ginástica ralha muito comigo", e eu que perguntei "porquê?"
- Porque eu não levo as sapatilhas para a aula!!!!
E eu respondi: Ahhhhh...
-Mas eu não tenho culpa, eu já pedi tantas vezes à minha mãe e ela não me compra!!!- respondeu ela.
E é nestas alturas que uma pessoa pensa " a pobre miúda tem razão."
Que culpa tem ela?
No início deste verão descobri a verdadeira causa para a minha filha ter as crises de ansiedade que cada vez mais estavam a ser frequentes.
Pois é: autismo.
Nestes últimos dias que não tem sido fácil; estava à mesa com ela a tomar o pequeno almoço e disse em voz alta: " e a mim que já me passaram tantos alunos autistas pelas mãos, nunca pensei ter uma filha autista..."
Resposta dela: " e eu que nunca pensei que fosse autista...".
Realmente não é um problema fácil, e que no caso dela só foi descoberto recentemente.
Como a psicóloga dela disse: " passou estes anos todos pelos pingos da chuva (...)"
Felizmente o grau de autismo dela não é grave, ela é bastante funcional, porém nestes casos, têm bastantes manias que Deus me dê paciência!
A psicóloga há uns dias chamou-me para falar com ela e entre várias coisas disse-me: " bem, ou a mãe faz também terapia para aprender a lidar com situação da sua filha ou então....
Sabem o que me disse?
" Dê-lhe AMOR e CARINHO! Diga-lhe que a ama e valorize-a.
E não é que resulta?
Pergunta da semana: acredita na existência de Deus ou outra forma? Se não acredita, rezaria ao confrontar-se com uma situação de vida ou morte?