Já ouviram falar na cinoterapia???
A cinoterapia é a terapia assistida por animais, nomeadamente por cães.
Este ano a escola onde estou a leccionar resolveu aderir a esse programa e tive alguns alunos a frequentar as sessões de cinoterapia. Correu bem, acho que os alunos adoraram.
Não tinham animais de estimação, daí ser uma experiência nova e enriquecedora para eles.
Aliás ter um animal de estimação é sempre uma experiência enriquecedora.
Para além de terem contacto com um animal, torna-os “responsáveis” por eles, pelo seu bem estar, ao mesmo tempo que na troca das suas interações desenvolvem uma relação de afeto e proximidade com o animal, o que poderá ser benéfico para ambos.
Nesse sentido, o aluno poderá desenvolver sentimentos de maior proximidade, afeto, confiança em si e nos outros, autoestima, para além da companhia.
Os alunos com maiores fragilidades emocionais, quer a nível de autonomia, com baixa autoestima, com nível alto de frustração e fraca resiliência em relação aos seus objetivos e baixa empatia, serão o perfil de alunos ideal que poderão beneficiar com esta terapia com animais.
Uma vez li num artigo que numa prisão no EU resolveram introduzir gatos para os reclusos. Na experiência inicial, os promotores tiveram medo, como alguns eram violentos, que fizessem mal aos bichanos. Mas surpreendentemente a experiência correu bem! Os reclusos desenvolveram laços com os gatos, desenvolveram o sentido de proteção e autocuidado com os gatos, sentindo-se responsáveis por estas pequenas criaturas fofas e de quatro patas.
Também acho que a introdução de bicharada noutros contextos também poderia ser benéfica, como por exemplo em lares de idosos. Talvez aqui o gato fosse o animal mais adequado.
Há idosos que pouco ou nada os motiva, mas quem sabe se com um animal de estimação ao lado, não desenvolvem as mesmas competências que os reclusos e recolhem também benefícios?
Não é à toa que as pessoas que têm animais são mais carinhosas e empáticas!
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