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Onde está a felicidade? - conto de Álvaro Magalhães

por Helena, em 06.10.24

Gosto muito de contos infantis e histórias, boas histórias, de preferência que ensinem algo e que nos obriguem a pensar, levem à  reflexão.

Onde está a Felicidade? de Álvaro Magalhães é um desses contos.

 

Onde está a Felicidade? Ninguém sabe onde ele pára onde se pode onde se pode encontrar. Há quem diga que não está em nenhum lugar e que simplesmente acontece. E, no entanto, em algum lugar há-de estar.  Não lhes parece?

Às vezes está tão perto, tão à vista, que nos passa despercebida e outras vezes tão distante, tão escondida nesse tal lugar, que uma vida não chega para lá chegar.

 Há os que pensam que só a encontramos se não a procurarmos. Nem pensarmos nisso. E os que estão convencidos de que é preciso procurá-la sem cessar. Por isso, oiçam agora a história do senhor Pascoal, que vivia desde menino numa aldeia bem pequenina, à beira-mar. Era um Belo sítio para se morar, já se vê, e ele sentia-se bem, mas faltava lhe qualquer coisa, não sabia bem o quê. E essa qualquer coisa, achava ele, era a Felicidade.

Fez então as malas e saiu de casa à procura dela. Foi da aldeia em aldeia, de vila em vila cidade em cidade e encontrou tudo o que procurava, menos a Felicidade.

" Isto é bonito", dizia ele para ninguém. " Mas ainda não é aqui que me sinto bem".

Decidiu então partir para mais longe. E foi assim que deu várias voltas ao mundo e conheceu cada recanto de tudo o que existia, os bosques da Noruega às montanhas do Japão. E viu coisas de pasmar, a felicidade é que não. Mesmo assim, continuou a procurá-la, viajando sem parar, sim, porque em algum sítio ela havia de estar.

E estaria? Já vamos saber.  O tempo, como sabem, passa a correr e, um dia  o senhor Pascoal percebeu que estava a envelhecer. Tinha os cabelos brancos, as pernas fracas, os ossos doridos, a vista cansada. Andara  muito nesse dia e parou em frente de uma velha casa abandonada.

Os vidros das janelas estavam partidos, a poeira invadia os quartos e salas, o mato cobria o jardim.

Ele olhou aquilo e pensou assim:

" Nesta casa, desprezada e sem dono, vou construir a minha Felicidade."  E consertou o telhado,  pôs vidros nas janelas, pintou as paredes, cuidou do Jardim.

"Agora sim", pensou ele por fim.  "Aqui está um bom sítio para se morar". Sentou-se então num sofá da sala em frente à lareira, a descansar.

"Que bem que eu me sinto",   disse para si.

E percebeu então que aquela estranha sensação de bem-estar era esse  não sei o quê que ele tanto procurava: a felicidade. Estava ali.

" Finalmente encontrei-a", gritou o Sr. Pascoal, muito entusiasmado.

Estava tão contente que se pôs aos saltos e veio para a rua festejar, esquecido da sua idade.

Reparou então que estava na aldeia de onde partira há muitos anos e que aquela casa era a sua própria casa, a mesma que ele abandonara para procurar a Felicidade.

 

 

Estamos em 56º posição

por Helena, em 28.03.23

Segundo um relatório divulgado pela Onu, a Finlândia ocupa pelo quinto ano consecutivo, um dos países mais felizes do mundo! Em 2º lugar está a DinamarcaIslândia em 3º, Israel  em 4º e Holanda em 5º. 

Nós ocupamos a 56º posição, em relação ao ano passado, baixámos 22 posições, estávamos na 34º.

É natural, não me surpreende.

A boa notícia é, que segundo o Business Finland, vai oferecer a oportunidade de viajar para o país e aprender um curso de como ser mais feliz. O curso é gratuito e está marcado para junho. 

As inscrições estão abertas até dia 2 de abril através do site find your Inner Finn.

( a mim, podiam-me apenas oferecer a viagem, que já era uma mulher FELIZ!)

 

 

A felicidade

por Helena, em 24.04.22

Há pouco li um estudo acerca da Felicidade, em traços gerais.

Pelos vistos, foi o maior estudo que fizeram acerca do tema, em Harvard, desde o ano 1940, empreendendo cerca de 2000 pessoas .

E pelos vistos há formas de sermos mais felizes.

Todos sabemos que a felicidade eterna e constante nas nossas vidas é volátil, não é permanente, mas há formas de sermos mais felizes durante o processo que é viver.

Ponto 1: as pessoas que têm uma rede de suporte maior tal como a família, amigos ou ligação com a comunidade, são mais felizes; saudáveis e vivem mais tempo;

o que evita o ponto 2, a solidão. A solidão, segundo os especialistas, com maior incidência de ocorrer na velhice ou adolescência, são a população mais vulnerável, nomeadamente nos países mais ricos;

Quem sofre de solidão, e por conseguinte tem menor número de contactos sociais, poderá ter maior redução das funções cerebrais,  a saúde piora mais cedo e vivem menos anos do que os que têm maiores ligações sociais;

Outro fator importante é a qualidade dos relacionamentos íntimos: as relações conflituosas são más para a saúde, sendo piores que o divórcio;

outro fator importante relacionado ainda com os relacionamentos íntimos é que são mais felizes e a sua saúde perdura mais tempo, e a sua memória, caso tenham parceiros com que possam contar;

Por último, aqueles que cultivavam amizades fora do trabalho, que priviligiavam em primeiro lugar as relações e só depois o trabalho, também eram muito mais felizes, sendo que a felicidade neste estudo  traduz-se numa maior longevidade, associado a um maior bem estar físico e mental.