Há uma técnica que serve para vermos os nossos próprios pensamentos, de forma a desafiá-los se são verdade ou não.
Quando estamos a pensar de forma ruminante, remoendo em algum assunto que nos perturbe, devemos fazer o seguinte: afastarmo-nos, de seguida observar os nossos próprios pensamentos a uma certa distância, como se fossem nuvens a passar, sem os julgar.
Ao criar essa distância entre ti e os teus próprios pensamentos, ficamos com uma ideia mais clara do que significam, e de como nos fazem sentir.
Muitas vezes, verificamos que são apenas pensamentos, e que não nos representam, não somos nós, são uma ideia ou emoção do que sentimos numa situação específica.
Depois é só libertarmo-nos dos mesmos.
Ao criar essa distância já temos maior capacidade de resolver as coisas de modo diferente, pois não nos deixámos influenciar sobre os nossos próprios pensamentos, e libertamo-nos.
"Pensamentos tornam-se ações, ações tornam-se hábitos, hábitos tornam-se caráter, e nosso caráter torna-se nosso destino" James Hunter
Se esta citação tem a sua verdade, então devemos tomar conta em primeiro lugar, dos nossos pensamentos.
Nem sempre pensamos com a clareza absoluta, só uma parte.
Muitas vezes temos uma imagem negativa sobre nós mesmos que não corresponde à verdade.
Se acreditarmos em certos pensamentos negativos acerca de nós mesmos, eles acabam por tornar-se a nossa realidade, o nosso cenário, onde vamos minando as interações connosco e com os outros ao nosso redor.
Acho que estamos todos em processo, de compreender a vida tal como ela é, com as coisas e as pessoas que nos rodeiam e até a nós mesmos.
Ninguém é perfeito e também, julgo eu, espera a perfeição de nós.
Vi uma experiência gira de uma professora na net de forma a desafiar os pensamentos dos seus alunos.
Primeiro perguntou-lhes o que pensavam sobre si mesmos; alguns responderam " I´m stupid".
E ela para os desafiar, perguntou-lhe porque pensavam isso e em seguida disse-lhes que ao repetirmos muitas vezes o mesmo pensamento, ele cria a nossa realidade.
Então disse aos que pensavam que eram estúpidos, que eram um triângulo. " you are a triangle".
Repetiu tantas vezes " you are a triangle" e depois perguntou-lhes: " are you a triangle?"
Ao que eles responderam : " NOOO!!!"
Ao que ela concluiu: " então se não és um triângulo, porque achas que és estúpido?"
Estudos indicam que o nosso cérebro possui uma enorme plasticidade e é muito influenciável com os pensamentos que criamos e se os repetirmos constantemente tornam-se a nossa realidade.
Por isso, devemos ser os nossos melhores amigos e para isso temos que dialogar connosco de uma forma positiva, amigável, tendo em conta as nossas imperfeições e qualidades.