Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Já repararam que se apanharmos uma pessoa muito simpática pelo caminho e nós não estamos nessa onda inicialmente, a nossa tendência é correspondermos e ficarmos naturalmente mais simpáticos?
Já vos aconteceu?
Nós portugueses, na minha opinião não andamos naturalmente de sorriso na cara estampado, andamos de cara fechada, carrancuda.
Basta constatar pela minha vizinhança, nem bom dia dizem.
Quando falo com a minha mãe sobre isto, responde-me " as pessoas têm os seus problemas(...)"
Talvez. Mas problemas à parte, porque toda a gente os tem, há pessoas que não deixam de ser simpáticas e prestáveis.
Mas defeitos à parte, obviamente que temos coisas boas, quando há alguma urgência, ou tragédia nacional, " toda a gente" se envolve e contribuí.
Mas aí é que me deixam confusa: só nos momentos de aflição é que mostram empatia/simpatia? Porque não no dia a dia também????
Acho que não há nada como um sorriso estampado na cara como cativar alguém, aliado à simpatia e ao préstimo de ajudar um outro.
Para mim, esse é que é o cartão de visita, (ou deveria ser) de alguém, que queira cativar, mais do que propriamente o aspeto visual.
Isto porque em conversa com o Ali, amigo da merceearia, vindo do Bangladesh, discordámos da ideia dos Londrinos serem mais simpáticos que os portugueses.
Evidenciei-lhe que depois da minha estadia em Londres, que mesmo estranhos foram sempre simpáticos e que sempre me ajudaram em plena rua, sacando dos seus cellphones, com direções etc etc etc.
Por cá sempre que peço informações, em qualquer repartição caso o tenha que o fazer, a resposta é sempre em tom monocórdico, como se estivessem a fazer o maior frete do mundo!
Ou mesmo quando vou à capital, percebe-se logo que sou portuguesa e atendem um ar de enjoados, que Deus me livre!
Mas se for um turista, só lhe faltam estender o tapete vermelho!
Conversa para trás e conversa para a frente, o Ali logo me disse que toda a sua família, ou grande parte está em Inglaterra e que já o convidaram para ir para lá viver, ao que se recusa, pois cá, em Portugal é que está bem, pois já viveu e trabalhou em Londres e noutros países e que não há nada melhor como Portugal.
Diferenças de opinião à parte, se fosse assim tão bom, como é que há tantos emigrantes portugueses e estudantes que após se licenciarem procuram outro sítio para viver?